segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Discutindo a Relação

Depois de passados alguns meses de bicos e DRs, eis que estamos voltando (nós e o Acalantis) a bater um papo. Conversa ainda cheia de dedos, confesso, mas pelo menos existente. Mesmo assim, vamos ao que se passou ao longo desses quase três meses.

Ainda em outubro, descobri um anúncio na internet sobre um possível apartamento para vender no prédio. O irônico é que, naquele momento, não estava procurando e nem esperando encontrar nada para comprar no Acalantis. Menos ainda na internet.

Na época, eu apenas queria informações sobre a construtora e um pequeno histórico sobre o edifício (denominação que cai como uma luva no Acalantis, diga-se de passagem. Ô bichinho difícil). Googlelando sem grandes propósitos, dei de cara com um site de oferta de imóveis para alugar e vender.

E no endereço eletrônico, para minha surpresa, estavam anunciando uma unidade do 13º andar do prédio. O frio na barriga foi inevitável. Tentei me acalmar e continuei a olhar o link. Além do valor em letras destacadas, a publicação trazia o número de um corretor.

Percebi ainda, para meu desespero, que o anúncio tinha sido feito em julho de 2010 e há três meses estava à disposição de quem quisesse ver. Pensei logo: "óbvio que o apartamento já foi vendido e tem alguém querendo tirar onda da minha cara".

Como a teimosia não cessa, achei interessante, apesar de tudo, ligar para o tal corretor. Mesmo que por masoquismo. A questão é que naquela hora eu estava digitando uma matéria e precisava conclui-la. Pedi então para Ana telefonar.

Dos males o menor. Segundo o corretor, a proprietária havia desistido de vender o imóvel e alugou a um rapaz, por um período de seis meses. Pelo menos, não terei de me torturar por ter perdido a chance de comprar o meu tão sonhado apartamento no Acalantis.

E a luta? Ah, essa continua...

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Flagra do Sábado: A Teimosia Persiste

Pense num olho...

Numa dessas manhãs vagas no trabalho, decidi procurar apartamento para alugar. Enquanto não chego ao Acanlantis, concluí ser esta a melhor saída. Sem fazer alardes, fiquei pesquisando em sites por alguma unidade na Zona Sul. O objetivo com o aluguel, claro, é estar mais perto da minha meta. Bem, voltando ao momento de busca, senti uma colega esticar o olho para ver o que eu fazia no computador. Um parêntese agora. Definitivamente, isso é muito chato. Sabe aquele povo que não tem o que fazer e quer dar conta da vida de todo mundo? Pois bem, não satisfeita em bisbilhotar o que eu fazia a querida SN fez o favor de puxar assunto para saber detalhes da minha real intenção com aquela navegação.

De cara fechada, como alguns conhecem, continuei olhando para o PC e me limitei a responder o óbvio. Vamos ao diálogo:

SN - Tás procurando apartamento é Bellinha?

Eu - É. (Mas com uma vontade enorme de dizer: "nããããão. Tou não. Tou só analisando pra ver a melhor forma de implodi-los - pergunta idiota tolerância ZERO).

SN - Pra comprar?

Eu - Não. (Afinal, naquele momento, estava procurando apenas para alugar).

SN - Queres por onde?

Eu - (Fala sério. A essa altura, depois da minha pouca abertura para a conversa, qualquer pessoa com o mínimo de noção teria parado o papo na segunda pergunta) - Pina ou início de Boa Viagem. Alguma coisa próxima ao Bompreço.

SN - Uma prima minha morava em um prédio ali por trás.

Eu - (Abri o olhão claro e passei a manifestar um pouco mais de interesse no assunto - risos) Era? Em qual?

SN - Em um que tem dois quartos e um reversível. Como ele não é muito grande, ela resolveu vender. Isso foi no ano passado, em dezembro.

Eu - Por acaso o nome do edifício é Acalantis?

SN - Ééééé. Isso mesmo!

Eu - (Aperto no peito) - E ela vendeu muito caro?

SN - Não. A preço de banana.

Eu - (Nossa senhora dos "desacalentados") - Ah tá...sei...interessante...e qual era o andar? (Já sem graça)

SN - Era o 802. Ela tá super arrependida.

Eu - Imagino...(Tentando disfarçar o abalo, inclusive, pela notícia do andar do apartamento)


Pelo amor de Deus! Depois da última frase dela, recusei-me a continuar a conversa. Não tenho o menor talento pra ser masoquista, por isso, me reservei de novo e voltei o rosto para o computador. "É muito desencontro mesmo!", pensei. Não bastasse ainda não ter fechado contrato com seu Otacílio, fico sabendo que a unidade vizinha à dele tinha sido vendida, há menos de um ano. E, pra piorar, pela prima da SN. Uma notícia dessa só ela mesmo pra dar. Não teria sido muito melhor que ela, literalmente, tivesse ficado calada? Faz o teu SN, faz o teu...

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Primeira conquista: telefone da portaria

Como não há placas de vende-se na fachada do Acalantis, resta-nos ir com frequência sondar se há alguma novidade em relação ao apartamento que vimos ou se há outro para vender. O problema é que nós três, incluindo o marmota (nosso carro), já estávamos ficando muito marcados pelos porteiros. Nem mesmo a tática de revezamento 2 x 3 metros (distância aproximada do meio-fio à portaria) estava dando certo. Decidimos então adotar outra estratégia. Arrancar de um dos porteiros o telefone da guarita para saber de novidades. E não é que conseguimos! Agora, ao invés de termos de mudar o disfarce, ou o corte de cabelo, ou o jeito de vestir, precisaremos apenas alterar a voz - risos.

E a peleja segue...

Projeto Acalantis

Pode até parecer loucura, mas por que não registrar a "luta" pela compra do primeiro apartamento em um diário virtual? Afinal, não se trata de um apartamento qualquer e sim do idealizado. Sabe aquela sensação de estar diante do cara (ou moça) dos sonhos e não conseguir ter olhos para mais nada? Ou deparar-se com o carro perfeito, ou com a sandália no tamanho exato? Foi isso o que aconteceu comigo, quer dizer, conosco. Pouco mais de um ano depois de iniciarmos a busca pela casa própria, eis que nos deparamos com o Acalantis.

Vamos ao começo dessa história. Era final de julho mais ou menos, quando veio o estalo de perguntar a uma conhecida que morava no edifício se havia alguma unidade para vender lá. Foi uma iniciativa meio sem propósito. Perguntamos por perguntar. Como já tínhamos feito com tantos outros amigos. Até aquele momento, não conhecíamos o prédio. Não sabíamos que ele seria tema de várias conversas posteriores e quase que uma ideia fixa. Bem, descobrimos que um casal de senhores (senhora + senhor = para não ficar dúvidas) estava com a intenção de vender o 801. Ana foi a primeira a conhecer o apartamento, que fica no início de Boa Viagem. Por já ser "garota zona sul", ficava mais fácil. Numa das vezes que voltava do trabalho para casa (Setúbal) inventou de parar lá (sem mim).

Como esperado, o primeiro contato não seria apenas um primeiro contato normal. Afinal, somos nós as protagonistas. Tinha de ter alguma marmota. E o que seria apenas uma visita ao apartamento, transformou-se em uma conversa de duas horas e tantos outros minutos. Vale salientar que, depois de trabalhar quase 12 horas ininterruptas e de ter feito somente um lanche no meio da tarde, Ana a essa altura estava azul de fome. Fez inúmeras tentativas para colocar reticências na conversa (ponto final só mesmo no dia que comprarmos nosso espaço no Acalantis) e nada.

Dona Auxiliadora e Seu Otacílio, os proprietários, mais pareciam ter encontrado uma amiga de longas datas. Da juventude do patriarca aos dias atuais, tudo foi cuidadosamente esmiuçado. No final, a pobre interlocutora apenas conseguia se concentrar no cheiro da sopa que vinha da cozinha. Mas, muito atenciosa como é, fez um esforço para não perder uma vírgula do que foi dito. Se ela fechou negócio ali mesmo? Quiséramos nós. Papo ia, papo voltava e nada de bater o martelo. Qualquer nova palavra proferida pela pseudo compradora era mote de outra história e outra história, e outra, mais outra - contadas sempre em detalhes pelo casal.

A possibilidade de chegar a um acordo quanto ao preço do imóvel e de fechar a compra eram as únicas coisas que mantinham Ana ainda de pé. Qual foi a surpresa dela, que, depois de quase sair com um livro escrito sobre a vida dos proprietários, ela escuta de Seu Otacílio: "Sim...quanto ao apartamento, nós ainda não temos data para sair daqui e nem sabemos quando vamos mesmo vendê-lo". Pois é, eles estavam procurando por outro maior para morar e a previsão de mudança era zero! Começaria ali nossa peleja. Cheguei a visitar o Acalantis pouco depois de Ana, o que só piorou nossa situação. Agora, em vez de uma, são duas na ânsia por comprar o apartamento. O desenrolar disso, contudo, virá nas próximas publicações. Até porque, a teimosia é nossa característica mais destacada!